Textos e Artigos

Autoria: Marcelo Gruman
Fonte: Educar em Revista
Ano: 2012
Resumo: O artigo trata do ensino da arte nas escolas brasileiras a partir dos conceitos de multiculturalismo, diversidade cultural e cidadania cultural, norteadores da atuação do Ministério da Cultura a partir da gestão do ex-Ministro Gilberto Gil iniciada no ano de 2003. Argumenta que é imprescindível um diálogo cada vez mais intenso entre o Ministério da Cultura e o Ministério da Educação na consecução deste objetivo, qual seja, garantir o cumprimento do direito humano à educação e à participação na cultura, inscritos na Constituição Brasileira de 1988, e ratificado pela Convenção sobre a Promoção e Proteção da Diversidade das Expressões Culturais da UNESCO, ratificada pelo Brasil no ano de 2006.

Autoria: Jarbas Siqueira Ramos e Talita de Barros Lima Siqueira
Fonte: MORINGA - Artes do Espetáculo
Ano: 2022
Resumo: Este trabalho tem como objetivo elaborar algumas considerações acerca da relação entre o ensino de Arte e a educação antirracista, buscando problematizar as questões políticas e pedagógicas relacionadas à implementação dos conteúdos da educação étnico-racial nos currículos e nas práticas educacionais brasileiras, bem como assinalar possíveis caminhos para a produção de uma educação antirracista e decolonial, tendo como ponto de partida o campo das artes.

Autoria: João Paulo Carneiro e Wânia Jerônimo Braga
Fonte: Revista Educação Pública
Ano: 2020
Resumo: -

Autoria: Amanda Ferreira Moreira e Prof.ª. Drª. Caroline Leal Bonilha
Fonte: Revista Seminário de História da Arte
Ano: 2022
Resumo: Neste texto apresento algumas reflexões geradas através da narrativa que uma experiência de uma atividade proposta para alunos de séries iniciais e que também reflete sobre a importância das atividades do Subprojeto Artes Visuais do Pibid/UFPel na formação de futuros professores de Artes Visuais, na Universidade Federal de Pelotas, mas sobretudo no fortalecimento da efetivação da lei 10.693/03 e as políticas educacionais voltadas para questões de raça no espaço escolar. Neste sentido, compreendo que os processos educativos devem ser vistos com uma lente cultural nos quais a diversidade e a diferença étnica possam conviver dentro de espaços, e que possam ser absorvidos para a vida desses alunos. Dessa forma, propomos que a decolonialidade seja praticada em sala de aula e não apenas um termo contemporâneo utilizado em estudos. A arte e as imagens nos ligam a contextos de gêneros, de aspectos culturais, religiosos, políticos, sociais, sendo elas formas ideológicas ao nosso modo para pensar. Imagem e significado estão sujeitas as condições ligadas ao modo como uma ideia, objeto ou pessoa se dispõe ou se localiza num lugar ou situação. Os significados dependem da situação ou contexto no qual os vivenciamos. A partir dessa atividade, exercitamos a compreensão de um lugar e vozes, que essas diversidades étnicas ocupam muito além do pertencimento do estigma social.

Autoria: Edvandro L. Sombrio de Souza e Monique Andries Nogueira
Fonte: Itinerarius Reflectionis
Ano: 2017
Resumo: Desde o final da década de 1990, quando os Parâmetros Curriculares Nacionais para os Temas Transversais de Orientação Sexual foram publicados, as questões de gênero e sexualidade figuram enquanto temas obrigatórios da Educação Básica brasileira. No mesmo período, a arte passou a ser reconhecida como “área de conhecimento” na LDBEN 9.394/96. Neste artigo, parte-se da percepção que, na educação formal, há processos de hierarquização e marginalização que acometem temas e, por vezes, campos de conhecimento. A partir de Louro (2015), defende-se a noção de “fronteira” como lugar de inteligibilidade em que sujeitos devem ser pensados, lugar de encontro, de subversão, de mudança. Compreendendo estas fronteiras enquanto questões epistemológicas, os campos articulados nesta pesquisa – educação, arte, ensino da arte, estudos de gênero, sexualidade – são desnaturalizados, desestabilizados, desessencializados, com o intuito de perceber como determinados grupos (de pessoas e de conhecimentos), têm sido abordados enquanto sujeitos do conhecimento no paradigma científico dominante: o das ciências naturais. Enfocando o ensino da arte e, mais especificamente, das Artes Visuais, o artigo aborda o caráter marginal desta disciplina na escola brasileira, com Nogueira (2008). Em seguida, a partir do conceito de campo científico, de Bourdieu (1997) e de autores e autoras do campo da Arte, trata-se das formas como este se constituiu, para, depois, compreender como determinadas fronteiras foram sendo visitadas, atravessadas, especialmente em obras, objetos e ações da arte contemporânea. Na seção seguinte, a partir de Loponte (2002) e Dias (2006) e suas pesquisas que articulam estudos de gênero e sexualidade ao ensino da arte, falamos de “pedagogias” exercitadas na escola, a partir de determinadas visões sobre os objetos desta pesquisa. Por fim, com Goodson (1997), e sua noção de padrão de estabilidade nos currículos, expomos a prática do “formalismo” enquanto estruturante de práticas pedagógicas, “elemento de estabilidade”, no campo do ensino da arte, nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental como um dos possíveis obstáculos para que conhecimentos relacionados às questões de gênero e sexualidade, dentre outras, possam vir a “povoar” o ensino da arte, na educação formal brasileira.

Autoria: Alex do Carmo Barbosa, Camilla Viana de Souza Gonçalo e Liliane Musumeci Ferreira
Fonte: Research, Society and Development
Ano: 2022
Resumo: O presente artigo visa investigar sobre as contribuições que a Arte pode promover no processo de implantação de uma escola inclusiva. Aborda as relações existentes entre Arte e Inclusão justamente pelo fato desta temática apresentar grande importância no contexto educacional. A pesquisa em questão busca explanar as contribuições que os conhecimentos relacionados à Arte podem promover no processo de transformação de uma escola excludente em uma escola realmente inclusiva. O estudo está pautado na pesquisa do tipo Revisão Bibliográfica ou Revisão Sistemática da Literatura, elaborada a partir de materiais publicados em revistas científicas e sites institucionais além de livros e artigos a fim de obter dados qualitativos uma vez que estes dados visam abordar os aspectos subjetivos de fenômenos sociais e do comportamento humano.

Autoria: ERISMILTA SUCUPIRA FERRO CARNEIRO
Fonte: -
Ano: -
Resumo: O presente trabalho teve por objetivo analisar como o ensino da Arte Indígena contribui para o resgate cultural da dança Parixara nos alunos do 6a ao 9a ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio da Escola Estadual Indígena “Tuxaua Luis Cadete”, localizada na maloca do Canauanim, no município de Cantã do Estado de Roraima. O encaminhamento da pesquisa passou por duas etapas específicas, porém complementares: na primeira etapa foi realizado um estudo bibliográfico, baseado nas áreas de conhecimento de Arte, Educação, Antropologia, História e Legislação Brasileira sobre a Educação Escolar Indígena, tendo como eixo norteador a cultura. Na segunda etapa, a metodologia utilizada foi à pesquisa qualitativa através do estudo de caso etnográfico. A coleta de dados foi realizada através de análise documental, entrevistas, observações, histórias de vida, registro em vídeo da dança Parixara e fotos, buscando contemplar o objetivo deste estudo. A pesquisa evidencia que o ensino da Arte Indígena contribui com a revitalização e fortalecimento cultural dos alunos, desenvolvendo em parceria com a comunidade indígena um trabalho de resgate da dança Parixara.

Autoria: Suelen Regina Patriarcha-Graciolli e Ângela Maria Zanon
Fonte: Educação Ambiental em Ação
Ano: 2013
Resumo: A necessidade da implantação da Educação Ambiental (EA) nas escolas brasileiras está presente na Constituição da República Federativa do Brasil promulgada em 1988. Visando uma maior criticidade em relação aos problemas ambientais e as relações entre os seres vivos, alunos do 9º ano de ensino fundamental de uma escola em Campo Grande-MS, baseado na teoria de Jean Piaget, foram estimulados a identificarem os impactos ambientais causados pelas ações humanas e por meio da arte demonstrar a necessidade de assumir novos valores em relação ao ambiente. Trabalhou-se com a metodologia de pesquisa-ação. Dessa forma, dentre os grupos formados, dois apresentaram teatro e um apresentou duas paródias associadas a um cartaz. Após as apresentações foram feitas reflexões sobre os trabalhos apresentados e sobre a compreensão das questões socioambientais envolvidas. Os alunos mostraram-se muito satisfeitos com o resultado final da proposta, atendendo os objetivos deste trabalho.

Autoria: Roberlilson Paulino Silva e Maria Socorro Silva Batista
Fonte: Educere et Educare: Revista de Educação
Ano: 2016
Resumo: O trabalho discute a relação entre arte e educação ambiental enquanto estratégia de formação da consciência crítica no ensino fundamental. A partir de revisão bibliográca e análise documental, abordamos a problemática inerente ao meio ambiente a partir dos seus determinantes e a educação ambiental numa perspectiva crítica capaz de formar para o exercício da cidadania. Nesta perspectiva analisamos que a arte pode contribuir para a conscientização ambiental pois abrange um conjunto diversificado de conhecimentos que possibilitam a transformação do ser humano, propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e tende a aguçar a reexão necessária à formação de valores socioambientais. Sendo a escola um espaço privilegiado para a realização da educação ambiental, defendemos uma ação interdisciplinar que contemple a formação de conceitos, hábitos e atitudes socioambientais com o apoio de atividades artístico-culturais. Concluímos que a arte e a educação ambiental são ferramentas essenciais para o desenvolvimento de uma educação crítica, que propicia a cidadania e reflexão. Destacamos, no entanto que é necessária uma melhor articulação entre essas áreas de conhecimento, de modo a propiciar maior aprofundamento teórico sem limitações aos aspectos meramente práticos. Isto torna necessária a inclusão de forma mais intensa destas temáticas em todos os níveis de ensino e primordialmente nos cursos de formação de professores, bem como nos projetos pedagógicos das escolas.

Autoria: Pedro Paulo Souza Rios, Alfrancio Ferreira Dias e Andre Ricardo Lucas Vieira
Fonte: Educação, Artes e Inclusão
Ano: 2019
Resumo: O presente estudo tem por objetivo analisar as intersecções a partir das aulas do componente curricular Ensino de Artes e as relações de gênero, diversidade sexual e sexualidade, vivenciadas por três estudantes gays, do primeiro ano do Ensino Médio, do Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães em Senhor do Bonfim – Bahia. Para tanto, utilizamos a perspectiva teórica pós-crítica, a partir das narrativas (auto)biográficas. O estudo sinalizou que o componente Ensino de Artes se constitui enquanto espaço educativo agregador da diversidade sexual e de gênero. Contudo, foi possível perceber que a matriz curricular da escola não consegue abarcar questões presentes na contemporaneidade, negligenciando temáticas como gênero, diversidade sexual e sexualidade. Assim, as narrativas evidenciam uma intrínseca relação entre o Ensino de Artes e as questões de gênero dentro da escola. Compreender o Ensino de Arte enquanto componente curricular obrigatório no contexto escolar faz-se necessário, no entanto, compreendê-lo na perspectiva interdisciplinar, torna-se imprescindível, uma vez que a escola se configura enquanto espaço legítimo de interação das experiências dos sujeitos.