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Textos e Artigos

Autoria: Geni Martins Mesquita e Eva Teixeira dos Santos

Fonte: Revista Brasileira de Educação em Geografia

Ano: 2020

Resumo: Muitas atividades desenvolvidas nas escolas indígenas nem sempre vêm a público, como uma forma de partilhar seus trabalhos, anseios e conquistas, demonstrando melhoria na qualidade de estudos do alunado em geral. O espaço geográfico muda constantemente, através dos ideais de transformações de cada ser humano, em determinados períodos do tempo. Desta forma, pensou-se na utilização dos mapas mentais como forma metodológica para melhorar o desempenho desses alunos na representação do lugar vivido e percebido, levando em conta o seu significado no ensino a partir de abordagens da Geografia. Com base no uso dos mapas mentais, como representações livres, mas orientadas pelos docentes voltadas a inserção, reflexão e leituras espaciais trabalhadas em uma escola indígena, esse trabalho procura investigar as potencialidades e limitações do recurso do mapa mental para o ensino e aprendizagem de geografia. Foram desenvolvidas atividades teóricas, com conteúdos contidos no referencial curricular de Geografia, e práticas (campo) com a finalidade de motivar, apresentar, construir e refletir noções conceituais e habilidades com os alunos. Assim, verificou-se que os mapas mentais confeccionados pelos alunos foram importantes no entendimento da matéria estudada e na própria confecção, interagindo uns com os outros, e na oralidade, com a apresentação dos trabalhos.

Autoria: Adilar Antonio Cigolini, Michelle Correa da Silva

Fonte: Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Geografia

Ano: 2020

Resumo: Este trabalho analisa como a temática indígena tem sido abordada, no ensino de geografia, após a implementação da Lei nº 11.645/08, que obriga o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena, no ensino fundamental e médio, no âmbito do currículo escolar. O objetivo foi verificar a forma como o indígena é representado nos livros didáticos, para entender os principais problemas que levam a manutenção do senso comum e dos estereótipos, em relação à representação dos povos originários. Metodologicamente a pesquisa se caracteriza por uma abordagem exploratória, que busca entender o estado da arte do problema, suas limitações e possíveis avanços. O resultado aponta para uma limitação do conteúdo indígena nos livros didáticos, na formação dos professores, mostrando que é preciso descolonizar o processo de ensino- aprendizagem e colocar estudantes e professores frente a culturas diversas, que foram e são protagonistas na produção do espaço brasileiro. Para isso, se propõem outro modo de abordar o tema, cuja base é a valorização de fontes produzidas pelos próprios indígenas, que são pautadas por outra racionalidade.

Autoria: Wedmo Teixeira Rosa

Fonte: Revista Ensino de Geografia (Recife)

Ano: 2021

Resumo: A promulgação da Lei 10.639/2003 e sua posterior ampliação com a Lei 11.645/2008 constituíram-se em instrumentos jurídicos que possibilitaram a sociedade brasileira questionar os conteúdos escolares hegemônicos e exigir ações efetivas que descolonizem os currículos escolares. No entanto, a efetiva implementação dessa legislação na educação básica brasileira e em Pernambuco, em especial, caminha a passos lentos. Este trabalho tem o objetivo de discutir as principais estratégias desenvolvidas pelo Estado de Pernambuco para a efetiva implementação da Lei 11.645/2008 nas escolas da rede estadual de educação e analisar seus desdobramentos no ensino de Geografia. A partir de uma abordagem metodológica qualitativa, realizou-se pesquisas bibliográficas e documentais, além de entrevistas semiestruturadas com sujeitos considerados relevantes (professores, coordenadores pedagógicos e gestores). Constatou-se que apesar do Estado de Pernambuco implantar uma série de ações e estratégias para contribuir com a educação das relações étnico-raciais, ainda existem sérios problemas nesse processo, especialmente em aproximar educadores e gestores da temática e torna-la mais presente no cotidiano escolar. Verificou-se, também, que a Geografia escolar apresenta lacunas nas orientações teórico-metodológicas e práticas de ensino que tratam da temática das relações étnico-raciais.

Autoria: Jean Volnei Fernandes

Fonte: Geografia Ensino & Pesquisa

Ano: 2016

Resumo: Este artigo tem por objetivo fazer uma análise de questões inerentes à educação inclusiva, a categoria geográfica Paisagem e as diferentes formas de abordagem, que se pode utilizar no trabalho docente, com alunos deficientes auditivos a partir de uma visão freireana.  Em seguida apresenta-se, os principais conceitos de Paisagem, que foram teorizados pelas diferentes escolas que escreveram sobre o assunto, destacando o caráter humanista para alguns autores, e os aspectos físicos para outros. Assim sendo, procede-se uma análise, a partir das experiências vivenciadas em sala de aula, como professor de Geografia, das principais considerações e observações, a respeito do estudo da Paisagem para alunos surdos pautados nos conceitos criados por Paulo Freire, bem como a forma através das quais estes alunos podem construir um conceito próprio de Paisagem. Para tanto, considera-se a utilização de elementos que sejam significativos para sua aprendizagem, sobretudo os relacionados a utilização da Libras e da observação da própria Paisagem.

Autoria: Solange Lucas Ribeiro e Juliana Oliveira dos Santos

Fonte: Revista Brasileira de Educação em Geografia

Ano: 2021

Resumo: As políticas inclusivas apontam avanços no direito à escolarização de alunos, contemplando a sua diversidade. Dessa forma, pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista, altas habilidades e outras singularidades, vem ocupando espaços nas escolas. Contudo, há muito a ser percorrido para que a inclusão se efetive, sendo um dos pilares, a mediação pedagógica, a partir da escuta sensível, que permite atender às necessidades e especificidades dos alunos. O presente artigo intenciona analisar e problematizar as práticas docentes e os recursos didáticos, utilizados no ensino de Geografia, com ênfase na categoria Lugar e na cartografia tátil. A temática é relevante, pois há uma imagem estereotipada da geografia escolar, considerada como uma disciplina mnemônica, difícil, que urge ser desconstruída, sobretudo para alunos com deficiência, que vivenciam a chamada “inclusão marginal”. O texto é produto de uma pesquisa colaborativa, com desenvolvimento de oficinas, a partir de dados coletados em entrevistas, grupos focais e questionários.  Nos achados da pesquisa, assume destaque a subtração do direito à educação, pela falta de equidade de oportunidades e de recursos táteis não usados pela grande maioria dos professores. Nesse sentido, uma educação de qualidade, para todos, é um desafio necessário e urgente que a sociedade deve assegurar.

Autoria: Shirley Capela Tozi e Michel Pacheco Guedes 

Fonte: ACTA Geográfica

Ano: 2018

Resumo: Este trabalho traz como objetivo relembrar a relação da geografia com o ambiente, resgatando sua historicidade na relação sociedade-natureza; as discussões sobre ambiente e educação ambiental e a relação deles com o ensino de geografia. A Geografia, desde sua sistematização, nasceu ambiental/naturalista, embora posteriormente, seus conhecimentos tenham sido utilizados enquanto estratégias geopolíticas. Os elementos ambientais sempre foram importantes, apesar de que o homem se colocou à parte da natureza, adotando ideias e práticas cartesianas, mas sua valorização vem com a própria necessidade do homem/sociedade. As discussões sobre educação ambiental são valorizadas, na medida em que o homem/sociedade percebe a necessidade de retomar sua relação com a natureza, de maneira mais harmônica.

Autoria: Aldéize Bonifácio da Silva e Maria Francisca de Jesus Lírio Ramalho

Fonte: Educação em foco

Ano: 2021

Resumo: O novo paradigma da educação ambiental objetiva promover ambientes educativos de mobilização de processos de intervenção sobre a realidade e seus problemas socioambientais. Nesse sentido, o trabalho objetiva apresentar algumas possibilidades que podem ser adotadas no ensino em Geografia como ponto de partida para uma prática de educação ambiental contínua. A pesquisa se conforma como uma pesquisa-ação embasada na teoria de Dale, e tem como procedimentos metodológicos a pesquisa bibliográfica e empírica. Os resultados demonstram que uma educação ambiental contínua é possível a partir da adoção de diferentes linguagens na conformação de um instrumental de ensino de geografia sobre a problemática ambiental. Conclui-se que a articulação Geografia-educação ambiental a partir de diferentes objetos de aprendizagem, possibilita uma aprendizagem significativa, cumprindo a Lei nº 9.795 de 1999, que institui que a Educação Ambiental deve ser um contínuo permanente da educação nacional, presente em todos os níveis e modalidades de ensino.

Autoria: Alan Bizerra Martins e Marcelo Gaudêncio Brito Pureza

Fonte: Geografia Ensino e Pesquisa

Ano: 2020

Resumo: O presente trabalho tem como objetivo é identificar e analisar como os conteúdos referentes as relações étnico-raciais é abordada em uma coleção do livro didático de geografia do ensino fundamental utilizada por uma escola da rede Municipal de ensino de Marabá-PA. A metodologia utilizada para a produção deste artigo é de cunho qualitativo nos livros a partir do estudo realizado com base no referencial teórico trabalhado. Foi selecionada a coleção Para Viver Juntos da 4ª edição da editora SM de 2015. De acordo com a proposta de análise da pesquisa, apresenta-se poucos conteúdos que podem ser trabalhados na abordagem racial no ensino de Geografia. Contudo, em relação as figuras/imagens referentes às questões étnico-raciais, não contribuem efetivamente para a construção de um conhecimento crítico sobre as relações étni co-raciais no mundo em que o aluno vive. Os livros didáticos voltados para o ensino de geografia na educação básica fazem pouca referência às abordagens e especificidades do campo das relações étnico-raciais e essas ausências de discussões sobre as questões envolvendo as relações étnico-raciais no ensino de geografia podem ocasionar o desconhecimento, a criticidade na área de conhecimento da geografia humana e cultural.

Autoria: Janiara Almeida Pinheiro Lima, João Victor Falcão da Silva, Júlia Stefane da Silva Vieira, Lucas Vinícius de Oliveira Nascimento eMaria Beatriz Andrade Fernandes

Fonte: Revista Ensino de Geografia (Recife)

Ano: 2021

Resumo: Tendo em vista a importância crescente de uma prática pedagógica escolar pautada na diversidade cultural, o presente artigo tem como objetivo discutir a importância dos temas étnico-raciais no Ensino Fundamental - Anos Finais sob a perspectiva geográfica. A discussão está pautada a partir do planejamento de uma intervenção pedagógica vinculada ao programa Residência Pedagógica de Geografia e realizada junto aos estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental. De abordagem qualitativa, o presente trabalho teve como objetivos específicos contextualizar a Lei nº 11.645, de março de 2008, no ensino de Geografia, além de apresentar as questões socioambientais tangentes ao povo Krenak, um dos povos indígenas brasileiros que se distribuem em estados da região Sudeste do Brasil. Como resultados foram observados que os estudantes construíram a reflexão acerca da temática étnico-racial e socioambiental a partir do pensamento geográfico suscitado com a aula. Foi notado também que discutir e planejar as atividades possibilitou aos residentes um importante exercício da profissão, na medida em que permitiu reflexões pertinentes ao ensino de Geografia frente a problemáticas referentes ao multiculturalismo e que precisam ser destacadas na escola.

Autoria: Henrique Sabino da Silva Pereira, Josandra Araújo Barreto de Melo

Fonte: Revista Ensino de Geografia (Recife)

Ano: 2021

Resumo: A partir da compreensão da importância dos mapas mentais para o ensino-aprendizagem espacial, foi desenvolvida pesquisa durante as aulas de Geografia, com discentes do 6o ano do Ensino Fundamental de uma escola pública localizada na Zona Leste de Campina Grande, PB. Tomando como referência o método fenomenológico e as técnicas da pesquisa colaborativa, o projeto foi realizado através da criação de situações de ensino-aprendizagem pautadas na representação, estudo e compreensão do lugar de vivência, buscando resgatar, por meio dos mapas mentais, as percepções descritas pelos discentes nas representações espaciais. Foi possível verificar que, apesar da Zona Leste ser conhecida como violenta, situação agravada pela forma como os meios de comunicação social noticiam os fatos ocorridos nessa região da cidade, os discentes não vivenciam esse fenômeno sócio-espacial da forma como é apresentada pela imprensa, a minoria identificou algum tipo de violência no lugar ou mesmo na escola, apesar de em suas casas serem colocados dispositivos de segurança, como grades e cercas elétricas. Por fim, a pesquisa disponibiliza informações sobre o trabalho com mapas mentais e suas contribuições no ensino-aprendizagem, aludindo à representação/leitura espacial e à construção de valores cidadãos, competências que sintetizam os objetivos do ensino de Geografia na escola básica.

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