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Textos e Artigos

Autoria: Marcela Albertini Balbino, Priscila Carla Cardoso e Débora Cristina Fonseca

Fonte: Revista Brasileira de Educação Física e Esporte

Ano: 2021

Resumo: Em busca de tornar a sociedade mais democrática, tem sido cada vez mais recorrente as discussões que giram em torno da violência escolar, principalmente sobre as desigualdades que afetam determinados grupos. Neste trabalho em específico, o objetivo é de entender, a partir de uma amostra de periódicos, como as aulas de Educação Física Escolar (EFE) tem contribuído para o tratamento das violências de gênero e sexualidade dentro da realidade escolar. Os procedimentos metodológicos utilizados foram baseados em uma pesquisa bibliográfica, sob perspectiva qualitativa. A coleta de dados consistiu no levantamento da produção bibliográfica que versavam sobre violências de gênero e sexualidade em aulas de EFE dos últimos dez anos, extraídos da Base de dados Scielo. Os dados foram organizados através da análise de conteúdo e divididos em 5 categorias, buscando conhecer o que está contido por trás das palavras do objeto de estudo. Os resultados encontrados foram de 24 artigos, em que 23 deles pertencem a categoria inicial denominada Representações sociais do corpo, sendo 7 os que se enquadram apenas nesta categoria. Desta, emergem outras categorias como: Formação de Professores com 5 artigos; Conteúdos da EFE com 8; Prática Educativa com 2 e Violência Escolar com 2. Estes, indicam que aulas de EFE são tidas como importante instrumento para a maximização das diferenças entre os escolares através de seus conteúdos. Pautados em uma visão biológica de corpo, não consideram que ele é resultado das transformações sociais, culturais e históricas de nossa sociedade. Portanto, é preciso que a EFE repense seu trabalho educativo em busca de assegurar os direitos humanos de todos os escolares que adentram as escolas, principalmente os que não atendem a heteronormatividade.

Autoria: Carolina Cristina dos Santos Nobrega

Fonte: Revista Brasileira de Educação Física e Esporte

Ano: 2020

Resumo: O presente artigo discute a contribuição dos docentes negros de educação física no exercício da pedagogia da diversidade. Metodologicamente, optou-se pelo estudo teórico, análise de conteúdo e entrevistas semiestruturadas. A pesquisa apontou que os docentes negros ressignificaram a função social da educação física escolar por meio dos relatos de experiência que legitimam a relevância da diversidade étnico-racial no currículo desse componente, sendo este um caminho viável e potente no combate ao racismo e às desigualdades. Os resultados apontaram os saberes necessários para a construção da educação física antirracista; o reconhecimento das coordenadoras pedagógicas, que perceberam a contribuição das aulas de educação física na construção da identidade afro-brasileira dos discentes e o processo de apropriação das questões étnico-raciais na área em defesa da educação em e para os direitos humanos negros.

Autoria: Jair Wesley Ferreira Bueno e Edison de Jesus Manoel

Fonte: Revista Brasileira de Educação Física e Esporte

Ano: 2021

Resumo: Este ensaio tem como objetivo propor demandas para estudos que podem compor o contexto reflexivo a ser incentivado pelo Núcleo de Direitos Humanos (NDH) da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da Universidade de São Paulo (USP). Sobre a ótica do acesso e da promoção da educação em direitos humanos como temática, adota os direitos que NDH selecionou para contemplar ações educativas na EEFE-USP: acesso, igualdade, liberdade, proteção e permanência. Assume que os direitos humanos, ao mesmo tempo que fundamentam, mantêm uma relação de sinergia com o desenvolvimento humano. E mais, desenvolvimento e direitos, apenas serão alcançados a partir do entendimento do corpo que somos. Mais especificamente, sobre o desenvolvimento e os direitos, sugere uma reflexão com base nos pilares apresentados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Para o corpo que somos, menciona a noção de corporeidade. Ainda, propõe uma reflexão a partir da fenomenologia e das ciências cognitivas. Apoiado na compreensão que a escola é um espaço importante na formação do ser humano, cuja relação desenvolvimento humano, corpo e direitos humanos pode ser valorizada e explorada, apresenta uma reflexão sobre o mover-se corporal dentro de um modelo de Escola Ativa proposto pelo PNUD. Por fim, conclui que as reflexões propostas são necessárias e atuais, pois enfatizam a experiência que é possível ser vivida pela corporeidade. Isso é fundamental para o desenvolvimento e a garantia dos direitos.

Autoria: Vanessa Helena Santana Dalla Déa, Marlini Dorneles de Lima, José Henrique Amoedo Barral e Julia Mariano Ferreira

Fonte: Revista Brasileira de Educação Física e Esporte

Ano: 2021

Resumo: O presente artigo tem como objetivo apresentar a dança como possibilidade de educação para direitos humanos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa por meio de estudo observacional transversal descritivo por meio da análise documental de vídeos. O estudo tem como objeto a descrição do processo de educação, preparação, sensibilização e efetivação do Espetáculo Endless em Goiânia-Goiás. Por meio dos resultados foi possível verifcar a potência da extensão universitária e da dança como forma de educação para direitos humanos. Foram analisados relatos de bailarinos, coreógrafo e coordenadora do projeto, além de imagens do ensaio e do espetáculo. Foi possível verifcar, pelos relatos, que a dança inclusiva/decolonial e a acessibilidade cultural, promoveu mudanças de paradigmas e consciência dos horrores do Holocauto e dos Direitos Humanos. As imagens dos ensaios e espetáculo também proporcionaram verifcar a potência da dança para sensibilização e consciência da necessidade de Direitos Humanos. Concluímos que a experiência com o Endless permitiu que os envolvidos participassem de forma singular, múltipla, com suas efciências e defciência. O espetáculo lançou um olhar para o respeito pela diferença e diversidade comprovando a potência da dança como Educação para Direitos Humanos.

Autoria: Maria Denise Dourado da Silva, Layana Costa Ribeiro Cardoso e Dulce Maria Filgueira de Almeida

Fonte: Revista Brasileira de Educação Física e Esporte

Ano: 2021

Resumo: O presente artigo tem por objetivo apresentar a Inclusão Reversa e os sentidos de corpo com deficiência como possível estratégia pedagógica para o ensino no contexto de aulas de Educação Física. Os termos “Inclusão Reversa” e “corpo com deficiência” foram identificados por meio de pesquisa bibliográfica, realizada em livros e artigos científicos no período compreendido de 2000 a 2020. Complementarmente, foram consultadas as legislações a respeito. Verificou-se que, além de possuirmos legislação adequada ao tema, há um avanço, em termos da literatura científica, para a adoção de termos como corpo com deficiência e Inclusão Reversa, como estratégia pedagógica. O desafio contingente à Educação Física se refere ao projeto de formação de professores comprometido com uma preparação pedagógico-didática que assegure domínio de conhecimentos necessários à compreensão da realidade social, tendo em vista que as necessidades, os interesses e as condições não são iguais para todos.

Autoria: Lúcio Fernandes Ferreira, João Luiz da Costa Barros, Alessandro Teodoro Bruzi e Andrea Michele Freudenheim.

Fonte: Revista Brasileira de Educação Física e Esporte

Ano: 2021

Resumo: Apresentamos os desafios e perspectivas envolvendo Direitos Humanos, Esporte e a Educação Física como agentes promotores da dignidade da pessoa humana. Valemo-nos dos principais documentos basilares do tema em questão e apontamos a necessidade do fortalecimento da educação em Direitos Humanos para viabilizar a construção de saberes capazes de desenvolver uma cultura de respeito aos DH e legitimar a luta pelos direitos sociais. Chamamos a atenção para o atendimento às necessidades de diferentes populações, especialmente, às que apresentam o Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação com destaque para as questões envolvendo sua etiologia, os instrumentos de identificação e diagnóstico e a intervenção. Nosso entendimento é de que o Esporte e a Educação Física Escolar figurem como eixos articuladores dos DH, promovendo uma relação dialógica na construção de saberes plurais, heterogêneos e experenciais ao longo da existência humana.

Autoria: Fabiana Pomin e Lucimar Rosa Dias

Fonte: Olhares: Revista Do Departamento De Educação Da Unifesp

Ano: 2019

Resumo: Este estudo apresenta uma experiência realizada nas aulas de Educação Física sobre a diversidade étnico-racial em uma escola pública de Curitiba com alunos dos anos iniciais do ensino fundamental. Utilizou-se de jogos e brincadeiras africanos e indígenas, desenvolvendo as três dimensões de conteúdo na Educação Física: procedimental, conceitual e atitudinal. Diário de campo, fotografias e filmagem foram empregados para o registro. Após a vivência das atividades os alunos apreenderam novos conceitos sobre aspectos das culturas negra e indígena que colaborou na superação de ideias preconceituosas, o que os ajudou a valorizarem o patrimônio cultural brasileiro.

Autoria: Marco Aurélio Alves e Silva e Aline Nicolino

Fonte: Educación Física y Ciencia

Ano: 2020

Resumo: Este texto trata da objetificação do ‘corpo gay’ como diferente no contexto escolar a partir de experiências corporais vivenciadas nas séries iniciais do Ensino Fundamental, em aulas de Educação Fí­sica (EF), de uma escola particular de Goiás. Para isso, o texto divide-se em três momentos: a narrativa autobiográfica do vivido que, por sua vez, objetiva mostrar o quanto a corporeidade é uma aprendizagem coletiva e que a violência praticada pela direção, professora de EF e estudantes para significar o diferente constitui a própria condição de existência do normal; em segundo, um diálogo bibliográfico com teóricos, textos e pensamentos sobre os corpos, gêneros, sexualidades e suas diversidades; e, por último, evocando os dois anteriores, analisamos as impossibilidades nesse meio escolar. Compreendemos, com isso, que a produção do diferente na escola é uma forma de conhecimento e que o fato de não ter as temáticas gênero e sexualidade no currí­culo, sob a justificativa de pertencer ao ãmbito privado-familiar, não impede que sejam ensinadas. Assim, ao ensinar o que não se reconhece como conhecimento, a escola negligencia humanidades e, ao mesmo tempo, não deixa de assumir a responsabilidade pedagógica que refuta e ignora. Identificamos, ao final, que as visibilidades de corporeidades emergentes não as tornam necessariamente mais compreensí­veis e que uma prática pedagógica ampliada e comprometida com os direitos humanos pode possibilitar novas experimentações de existência, de vidas viví­veis.

Autoria: Guilherme Gonçalves Baptista e Juliana Gonçalves Baptista

Fonte: Revista Pensar a Prática

Ano: 2017

Resumo: É justo limitar a entrada de alunos em cursos de Educação Física devido ao insucesso nos testes físicos? O presente ensaio apresenta reflexões iniciais sobre a legitimidade e as limitações da exigência dos testes de habilidade específica para o ingresso discente nos cursos superiores em Educação Física, trazendo à baila questões sobre justiça e direito à educação. A partir da teoria de justiça rawlsiana, os testes foram mobilizados para problematizar as condições mínimas necessárias para ingresso discente e as próprias identidades profissionais em torno da Educação Física. Notou-se que a exigência de competências mínimas colidia com o processo plural de construção identitária da área e servia, de certo modo, como um limitador da própria condição humana: o direito à educação.

Autoria: Alexandre Vasconcelos Mazzoni e Marcos Garcia Neira

Fonte: MOTRICIDADES: Revista Da Sociedade De Pesquisa Qualitativa Em Motricidade Humana

Ano: 2017

Resumo: Realizou-se uma pesquisa com o objetivo de conhecer quais elementos possam ter contribuído para a constituição de uma docência da Educação Física atenta à diversidade cultural. Como procedimento metodológico, optou-se pela pesquisa pedagógica qualitativa. O material resultante da realização de entrevistas semiestruturadas foi confrontado com a teorização cultural. Partindo da análise das concepções de professores da rede pública, que colocam em ação o currículo cultural da Educação Física, inferiram-se as possíveis relações entre a experiência pessoal, o olhar para a contemporaneidade e a atuação pedagógica. Podemos inferir que os elementos que contribuíram para a constituição de uma docência da Educação Física atenta à diversidade cultural podem ter sido gerados por uma trajetória de vida marcada pelo enfrentamento de situações socialmente adversas.

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